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PSICOLOGIA – EXERCÍCIO E DEPRESSÃO

Estudos comprovam que a atividade física pode ser um importante aliado no tratamento de distúrbios emocionais. Saiba como isto ocorre e os benefícios de acrescentar a prática ao seu cotidiano.

Colunistas - 17/jan/2024

Estudos comprovam que a atividade física pode ser um importante aliado no tratamento de distúrbios emocionais. Saiba como isto ocorre e os benefícios de acrescentar a prática ao seu cotidiano.

No Brasil, sempre ouvimos falar do psicólogo do esporte, mas e o psicólogo do exercício? Este é o profissional que irá orientar a pessoa para a prática da atividade física.

Que o exercício proporciona bem estar ao corpo todos sabemos, porém, o que alguns ainda não sabem é o quanto ele pode ser positivo ao cérebro, à saúde emocional e ao convívio social. Com a onda de crescimento de doenças neurodegenerativas, obesidade, depressão, cardiopatias, entre outras enfermidades, a presença de um profissional de psicologia do exercício se faz necessária em clínicas, academias, clubes, escolas, empresas e outros locais. Por outro lado, inserir a atividade física na rotina das pessoas, ainda é um desafio muito grande para os profissionais da saúde e do esporte. Mesmo em relação à psicologia do esporte, há muitas pesquisas nessa área, mas poucas sobre o quanto a atividade física pode beneficiar a mente. Estudos mostram que a prática da atividade física apresenta melhora no desempenho cognitivo das pessoas, reforçando a hipótese de que idosos quando estimuladas, também são capazes de apresentar melhoras.

O efeito da manutenção e treinamento das exigências biológicas é tão benéfico ao sistema nervoso que, em muitos casos, é possível que doenças conhecidas como a demência ou a neurodegeração possa ser retardada ou até mesmo, se manifestar de forma insignificante em idosos que se mantêm ativos durante toda sua velhice. Assim, entre os fatores responsáveis pelo aumento da eficiência do sistema nervoso, está a maior capacidade da produção de neurotransmissores através da atividade física.

O efeito desse fator foi bem documentado em estudos com pessoas depressivas que investigou alterações de metabolismo do neurotransmissor serotonina, induzidas pelo exercício físico no sistema nervoso e suas possíveis relações com o efeito antidepressivo. Os resultados sugeriram que a atividade de metabolismo da serotonina aumenta, principalmente pelo aumento dos seus receptores. Esses efeitos podem durar até uma semana após o término da atividade física, aumentando os níveis do neurotransmissor de serotonina, e exercendo um papel importante na prevenção e auxílio no tratamento da depressão.

Uma região do cérebro que pode contribuir para os estudos de alterações cerebrais a partir da atividade física é o lobo frontal. É uma área que tem chamado a atenção dos neurocientistas, já que hoje exige-se cada vez mais dele para obter resultados significativos, como o desempenho, na sociedade da informação e tecnológica. Além disso, é a região associada à depressão (córtex pré-frontal esquerdo).

Uma área que tem crescido nas pesquisas na região do lobo frontal são os estudos sobre a prática da meditação, que é uma atividade física. Como exemplo podemos citar os estudos do que o doutorando Pedro Sbissa,vêm realizando em nosso laboratório. Suas análises sugerem que os estados alterados da atenção são ativados pela região do córtex pré-frontal do cérebro. Os resultados estão mostrando que a meditação e os batimentos do coração apresentam um aumento da amplitude da frequência cardíaca durante a meditação, propiciando o “fortalecimento” da região frontal do cérebro.

De acordo com pesquisadores que analisaram os resultados de inúmeros estudos publicados, a atividade física é uma “droga mágica” para muitas pessoas com depressão e ansiedade, e que deveria ser mais amplamente indicada pelos profissionais da saúde mental. As análises feitas apontaram para a eficácia e os benefícios que os programas de exercícios trazem para a redução de quadros depressivos e outros males ligados ao cérebro. Muitas vezes nem a farmacoterapia e nem as psicoterapias trazem resultados positivos para aqueles que necessitam, mas a combinação das duas terapias é melhor do que se aplicadas em separado. Por outro lado, o importante e fundamental é que o exercício pode preencher a lacuna em pessoas que não podem receber terapias tradicionais por causa do custo ou falta de acesso, ou que não querem por causa do estigma social associado com a estes tratamentos.

O exercício parece influenciar como um antidepressivo, mais especificamente nos sistemas de neurotransmissores cerebrais, ajudando pacientes com depressão. Em pessoas com transtornos de ansiedade, o exercício reduz os seus medos e sensações, diminuindo reações corporais como oscilações no batimento cardíaco e respiração rápida.

A recomendação é 150 minutos por semana de atividade física com intensidade moderada ou 75 minutos por semana de intensidade vigorosa. Depois de apenas 25 minutos, o humor já melhora, o estresse diminui e você sente que tem mais energia e motivação para a atividade escolhida.

Ao invés de enfatizar os benefícios a longo prazo sobre a saúde de um programa de exercícios, que pode ser difícil de manter, é importante que os profissionais estimulem e informem seus pacientes sobre os benefícios imediatos que um programa de atividade física podem resultar. Assim, ao precrever o exercício, deverão ser oferecidas ferramentas que facilitem a vida do indivíduo (horários diários, definições de estratégias, acompanhamento diário) via telefone ou online. Este acompanhamento será fundamental para que o paciente venha a aderir à prática escolhida. Fontes: Anshel, M. (2007). Conceptualizing Applied Exercise Psychology. The Journal of the American Board of Sport Psychology. Volume 1. Ballone, G.J. PsiqWeb. Autor: Emílio Takase. Psicólogo. Graduado em Psicologia pela Universidade Federal de Santa Catarina com Mestrado e doutorado em Psicologia Experimental pela Universidade de São Paulo.

Fonte: proximus.

Pratique alguma modalidade, comece caminhando, trotando (pequena corrida), corra, a corrida servirá de base para outra(s) modalidade(s) que envolva ela e que você goste. Os exames médicos e a preparação física são fundamentais.

MAIS PSICOLOGIA: Aqui.

Repassando – José Carlos Varela
Professor de Educação Física, Especialista em Treinamento Desportivo e Personalizado. CREF 014099-G/PR.

Treinador Federação Paranaense de Atletismo – FPA
Confederação Brasileira Atletismo – CBAt – IAAF Nível 1- registro n.o 1084
Atleta Corredor Maratonista FPA e CBAt registro nr. 2364
34 MARATONAS e 2 SUPERMARATONAS DE 50 KMS ATÉ novembro de 2017: Aqui
Proprietário ESCRITÓRIO da Varela Esportes Assessoria Esportiva (www.varelaesportes.com.br).
CREF 003410-PJ/PR – CONFEF: Aqui

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